Ultimamente estamos vendo pelos os noticiários muitos casos de sarampo, dengue e outras enfermidades que vêm sendo motivo para internação. Mas o que não vem sendo noticiado, e até compreendo para não ser estimulado, são os constantes casos de suicídios mediante a classe da saúde. Particularmente aos médicos. Ainda em menção ao Setembro Amarelo – Campanha de Conscientização à Prevenção ao Suicídio – esse é um dos índices a que vem acender preocupações. O que está acontecendo que vem sendo uma constância, relatos de sofrimento, a quem assisti os assistidos?
Não obstante, umas das enfermidades que vêm, também, dando “entrada” nas emergências e transitando: nos corredores, nas enfermarias,..., dos grandes centros hospitalares é a Síndrome de Burnout. Popularmente conhecida como a doença do trabalhador. Mas, numa estadia diferenciada aos demais pacientes. Por quê? Porque essa, internando-se nas camadas físicas e psíquicas dos profissionais da saúde.
A burnout é uma síndrome que leva a um esgotamento físico e mental. Em relação aos laborais da saúde, entende-se que sejam causas multifatoriais. No entanto, destacando-se duas delas: a pessoal e a institucional. A primeira, observada pela carga horária escravocrata. Não bastasse, é comum o acúmulo de plantões vivenciado por esses trabalhadores. Entretanto, ficando dias sem retornar ao seu lar. Em prol da busca a uma qualidade de vida, muitas vezes, não para si; e sim, para os seus.
A segunda atrelada à crise financeira, onde esta além de aumentar a demanda de usuários ao serviço público, por conta do desemprego; a dificuldade de condições adequada de trabalho. Recordo certa vez, quando veiculado pela a imprensa, uma equipe de profissionais legistas suturando corpos com hastes de guarda chuva. Simplesmente por falta de instrumental adequado.
Segundo Francisco Alonso-Fernández relata no seu livro - Por que trabalhamos?: o trabalho entre o estresse e a felicidade - “O estressor específico que impregna a ocupação da saúde com um caráter crônico afiado consiste na sob tensão de responsabilidade suscitada pelo cuidado da saúde ou pela preservação da vida do enfermo.”. A isto, razões pelas quais a equipe vem adoecendo.
Por fim, caro leitor, eis a questão! Principalmente aos profissionais da saúde pública, o que fazer para que a Síndrome de Burnout não faça mais morada do seu interior? Será que não estejas precisando ir à busca do teu ser ao ter? Enfim, só conseguiremos assistir ao próximo caso estejamos bem assistidos. E neste caso a assistência que me refiro é, particularmente, a emocional.