Nos tempos atuais vem sendo muito comum às pessoas realizarem os seus afazeres, de hoje e de amanhã, para ontem. Ou seja, estamos num ritmo de ser tão acelerado que não conseguimos encontrar mais tempo para as realizações nos tempos reais. Sendo realizado tudo às pressas. Esta, do latim (pressus), quer dizer: “necessidade de fazer ou obter algo com rapidez; precisão, urgência.”.
Charles Melman, psicanalista francês, denomina em seu livro – O homem sem gravidade – de: ansiedade patológica. E por que discorro a respeito? Porque vem chamando atenção, como o mundo do marketing, inconscientemente, estimula para o aumento da ansiedade social. Marketing! O quê é isto? “Estratégia empresarial de otimização de lucros por meio da adequação da produção e oferta de mercadorias ou serviços às necessidades e preferências dos consumidores, recorrendo a pesquisas de mercado, design, campanhas publicitárias, atendimentos pós-venda etc.”.
Como bem definido: “... campanhas publicitárias...”. São através das campanhas publicitárias que, também, a sociedade vem sendo estimulada pelo o aumento da ansiedade. Adquirimos um modelo de celular hoje; amanhã já lançam um novo. O modelo de carro novo, geralmente, sendo lançado no meio do ano anterior. E por último, chamando a atenção à precocidade da chegada do Papai Noel. Faltando dois meses para o Natal.
Com muito respeito aos dirigentes publicitários, foi compreendido que a antecipação pela propaganda natalina tem o propósito para os consumidores se organizarem às devidas compras. Mas isto gera um estímulo ao aumento pela ansiedade. Lembrando que o Brasil já é o primeiro país da America Latina mais ansioso.
Por fim, o receio que gera é que nos anos que virão, Noel deixe de se tornar Papai, para se tornar São João Noel. Isto é, que a divulgação natalina venha ser realizada no período junino. No entanto, como colaborar para não sermos o país mais ansioso da America Latina?